sexta-feira, 26 de junho de 2009

Agradecimentos

Quando estive pela primeira vez internada na maternidade, na altura em que tive o meu filho mais velho, sabia que devia existir uma ala onde estavam os bebés que nasciam com algum problema, ou antes do tempo devido. Na altura imaginava o que seria ter um bebé nessa ala, mas claro que, nem de longe consegui acertar no que se passava lá, ou sequer no que se sente quando se lá tem um filho. Mal sabia eu que era logo ali, ao lado do elevador no 3.º andar. Andar onde eu já tinha estado, há 2 anos e tal atrás.
A primeira impressão com que ficamos da Unidade de Cuidados Intensivos a Recém-Nascidos (UCIRN) é simplesmente aterradora, especialmente quando vemos o nosso bebé com uma série de fios a ele ligados, e um monitor cheio de gráficos e de números, que por vezes apita, e não sabemos o que esse apito quer dizer, e só pensamos no pior, quando é apenas o fio que não está a captar bem o ritmo cardíaco, por exemplo.
Ao fim de uns dias, ou até semanas, acabamos por nos habituar, e até já conseguimos ouvir um apito e, sem olhar para o monitor, saber que está tudo bem, apenas pelo tipo de som que este emite.
Isto porque nos vai sendo explicado o significado de alguns dos apitos, tal como nos vão também ensinando a tratar do bebé, sendo muitas vezes, nós, as mães, a tratar dos nossos bebés, mesmo estes estando dentro das incubadoras. Claro que tendo sempre a supervisão de um profissional por perto.
Aproveito para agradecer a toda a equipa da UCIRN da maternidade Dr. Daniel de Matos pelo seu enorme profissionalismo, e também pelo apoio que dão aos pais que por lá passam, e que é tão preciso. Um Grande Bem-Haja!

Quando as mães têm alta, passam do quarto onde se encontravam internadas, para o "Quarto das Mães", que fica nas águas furtadas. Quando lá entrei pela primeira vez assustei-me, pois parece um pouco sinistro, mas lá está, tal como tudo, é uma questão de hábito. Conheci por lá pessoas extraordinárias, com uma força interior enorme, e com grande sentido de humor, o que era o que nos valia a todas: rir para não chorar! E como nos ríamos nós! Quem nos visse nunca conseguiria imaginar as preocupações que cada uma de nós carregava, que malucas!
E por esses bons momentos, quero agradecer também a essas companheironas, e desejar-lhes muitas felicidades e o melhor do mundo para todas as que conheci!

2 comentários:

Maria José disse...

Que bom que o João já está em casa
boa
bjokas

Anónimo disse...

é verdade... muitas coisas aconteceram naquela maternidade!! Costumo dizer que mesmo dentro das coisas más há sempre um pedaçinho de uma coisa boa, e eu desta má experiência aprendi a valorizar ainda mais aquilo que realmente é importante e conheci pessoas que nunca irei esquecer... 1 beijinho